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Bruges, a Morta

Referência: 
G0386
Marca: 
Autor 
Geoges Rodenbach
 «a Morta» é, na Bruges de Rodenbach, uma tristeza de pedra e água que ainda agora persiste, e a memória de uma mulher amada.
3.00€
IVA não incluído

«Um dia, em 1475, o Mar do Norte bruscamente retirou-se; o Zwyn de repente secou, sem que fosse alguma vez possível desassoreá-lo ou voltar a restabelecer uma circulação de água; e Bruges, de ali em diante afastada dessa vasta mama do mar que lhe tinha alimentado os filhos, começou a ficar anémica, e desde há quatro séculos agoniza. Como a cidade é comovente nesta tísica com séculos que a faz escarrar, atingida por um golpe mortal, uma a uma as suas pedras — como pulmões — e sobretudo comovente numa manhã de Novembro outonal, como esta, sob um céu de palidez parecida com a sua…»
Sob o tecto desta nostalgia, já Georges Rodenbach (Bruges, 1855-1898) estava prestes a chegar à história que desde 1892 ficou para momento maior na sua literatura e o fez célebre quando apareceu, como folhetim, em números sucessivos de Le Figaro; sem adivinhar que dezassete anos depois (nove anos depois da sua morte), este mau destino de Bruges seria remediado com um novo canal que a deixaria ligada ao porto de Zeebruge.
Mas «a Morta» é, na Bruges de Rodenbach, uma tristeza de pedra e água que ainda agora persiste, e a memória de uma mulher amada.
Editora
Inquérito
Páginas
131
Dimensões
16,2 x 12,3 cm
Peso
107 g
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